A Ford na Fórmula 1

 

A Ford sempre teve uma tradição nas corridas de Fórmula 1, seja pela ousadia de seus pilotos, seja pelos motores que equipavam as equipes.

Na Fórmula-1, a Ford Cosworth teve em sua história 176 vitórias, 139 pole positions, 160 melhores voltas e 535 pódios, em 524 corridas. Obtendo 13 campeonatos de pilotos e fazendo 10 equipes campeãs de Construtores. Sendo que sua última vitória na categoria foi no GP do Brasil de 2003, com Giancarlo Fisichella no cockpit de uma Jordan. E sua última participação foi em 2004, quando a Ford resolveu encerrar suas atividades na F-1, vendendo a equipe Jaguar para a Red Bull e a divisão de motores Cosworth para os donos da extinta ChampCar.

A primeira corrida aconteceu em 1963, no circuito de Watkins Glenn (EUA), na qual o piloto Peter Broeker, no cockpit de um Stebro-Ford MK IV, ficou em sétimo lugar. A primeira vitória foi em 1967, na Holanda, com o piloto Jim Clark a bordo de um Lotus-Ford; a última vitória foi no circuito de Interlagos, em São Paulo, com o italiano Giancarlo Fisichella conduzindo um Jordan-Ford, em 2003.

Réplica do motor Ford-Cosworth, que fez muito sucesso nos anos 70, 80 e 90

 

Quanto aos pilotos brasileiros que conduziram suas máquinas com motores Ford, destacam-se Emerson Fittipaldi, Ayrton Senna, José Carlos Pace e Nelson Piquet.

Fittipaldi foi bicampeão mundial em 1972 e 1974, a bordo de um Lotus-Ford equipado com motor Ford Cosworth DFV 3.0 V8 (motor que servia à maioria das equipes, nos anos 70). Emerson foi o piloto brasileiro mais jovem a conquistar um título mundia de F-1.

O motor Ford Cosworth DFV tinha esse nome originário do inglês (Double Four Valve - quatro válvulas por causa das quatro válvulas por cilindro e duplo como se fosse um V8 de desenvolvimento anterior); foram 12 títulos de pilotos e 10 de construtores, tendo o DFV como motor, que era de 90 graus, com 2.292 cilindradas em V8, o que produzia de 400 a 500 cv. Entre 1967 e 1985, todas as corridas do campeonato mundial de Fórmula 1 foram ganhas com esse motor – 155 vitórias em 262 corridas.

Em relação ao inesquecível Ayrton Senna, tricampeão mundial de F1, o último carro com o qual competiu foi o modelo MP4/8 da McLaren, em 1993. Foi o McLaren mais avançado de todos os tempos pois tinha controle de tração, controle de largada, acelerador fly by wire, suspensão ativa, freios ABS,motor Ford Cosworth V8 com 720 cv. e vários aparatos eletrônicos.

 

Fonte: Wikipedia, Blog A Mil por Hora e texto final de JL Cantanhêde

 

Este carro (aqui uma réplica em escala 1:43) ficará para sempre na memória dos brasileiros: o McLaren MP 4/8, com o qual Ayrton Senna obteve sua última vitória na Fórmula 1, no GP da Austrália, em outubro de 1993; neste ano, Senna foi vice-campeão mundial, com 73 pontos

Tributo a Ayrton Senna, o melhor piloto brasileiro de Fórmula 1 de todos os tempos

Senna testou este Saudia Williams, em 1983; mas não foi contratado pelo chefão da equipe na época, pois Frank Williams já havia firmado com outros pilotos para 1984; este modelo (escala 1:43) usou motor Ford

 Em 1981, Senna foi para Inglaterra. Correu na Fórmula Ford 1600, com um Van Diemen (aqui em escala 1:43). Competia em duas categorias ao mesmo tempo, e acabou vencendo ambas

Capacete de Ayrton de 1983; em sua carreira vitoriosa na F1 (incluindo outros carros), Senna obteve 41 vitórias, 65 pole positions, 19 voltas mais rápidas, 80 pódios e 614 pontos

Benetton-Ford B 191 de 1991, que foi conduzida pelo piloto brasileiro Nélson Piquet; naquela temporada, ele terminou o  mundial em sexto lugar

Réplica em resina do Copersucar-Fittipaldi F5A, que foi o primeiro carro da equipe a se utilizar do efeito-solo (o F5 não tinha) e obteve a melhor colocação da Copersucar - Fittipaldi, o 2º lugar no GP Brasil de 1978 disputado no circuito de jacarepagua, no Rio de Janeiro; com este modelo, entre 1977 e 1979, a equipe conseguiu os melhores resultados na F1, com um total de 21 pontos; o motor também era um Ford-Cosworth V8

Oito títulos mundiais na F1: Senna, Piquet e Fittipaldi

O Lotus 72 (aqui uma réplica em resina do carro com o qual Emerson Fittipaldi foi campeão mundial em 1972) foi o modelo que mais marcou época na Fórmula 1 contemporânea. A exemplo do McLaren M23, teve vida longa e muitas conquistas. Entre 1970, ano de seu lançamento e 1975, quando finalmente ficou obsoleto, o carro projetado por Colin Chapman e seu principal assistente, Maurice Philippe, levou Jochen Rindt a um até hoje inédito título post-mortem e Emerson Fittipaldi também foi campeão com ele em 1972 – e poderia ter sido outra vez vitorioso no ano seguinte, não fosse Colin contratar Ronnie Peterson. Foram 20 vitórias e 17 pole positions, que fazem deste carro com frente em cunha, freios a disco inboard na dianteira e outras ‘bossas’ o mais bem-sucedido da história na categoria máxima do automobilismo

Aqui outra réplica do Lotus-Ford 72 D usado por Fittipaldi em 1972

Capacete (resina) do bicampeão mundial de F1 Émerson Fittipaldi (1972 e 1974)

Três lendários pilotos que usaram carros com motor Ford-Cosworh: a partir da esq.: o brasileiro José Carlos Pace (Brabham BT-44 1974), o "escocês voador" Jim Clark (Lotus-Ford 1967) e o sul-africano Jody Schekter (Tyrrell P-34 1976)

Obra-prima de Colin Chapman, o Lotus-Ford 49 foi concebido com chassi monocoque (mais um conceito de aeronáutica aplicado no automobilismo) e pensado para receber o motor Ford Cosworth DFV, que estreou com vitória pelas mãos e pés de Jim Clark no GP da Holanda de 1967. A estrutura do bólido era autoportante, ancorando motor, suspensões traseiras e transmissão ao restante do chassi, uma revolução naquela época, e foi uma referência de estilo durante o fim dos anos 60 na categoria máxima

Este carro é um dos maiores exercícios de criatividade que o automobilismo já conheceu. Projeto de Derek Gardner, a Tyrrell-Ford P34 com seis rodas é até hoje o mais celebrado entre todos os carros ultrarrevolucionários do esporte a motor em qualquer tempo. Com quatro pneus dianteiros especialmente construídos pela Goodyear a pedido da equipe, o P34 tinha como principal objetivo romper melhor a resistência do ar na seção dianteira. Não era um carro rápido no contorno de curva, mas na entrada e saída era o melhor de seu tempo. Em 30 corridas, seus pilotos terminaram 14 vezes entre os três primeiros, com direito a uma vitória no GP da Suécia de 1976, com Jody Scheckter. A equipe terminou o Mundial de Construtores daquele ano em 3º lugar, mas nunca mais o desempenho do P34 foi o mesmo quando Ronnie Peterson juntou-se a Patrick Depailler no segundo e último ano de participação do bólido na Fórmula 1

Réplica (escala 1:43) do Brabham-Ford BT 44 guiado pelo lendário piloto brasileiro José Carlos Pace, o Moco, em 1974; na metade daquele ano, ele disputou o campeonato pela Brabham e terminou em 12º lugar com 11 pontos; foi o segundo colocado no GP dos Estados Unidos, em 1974, seu melhor resultado

Em 1975, disputando a temporada também com um Brabham-Ford, obteve seus melhores resultados na F1, ao vencer o GP do Brasil com uma dobradinha com Emerson Fittipaldi

Em 2014, comemoram-se os 70 anos do nascimento de Moco, que foi homenageado em 1985, ano em que o Autódromo de Interlagos, SP, foi rebatizado com seu nome