A política

 

Em 1918, o então presidente americano Woodrow Wilson pediu pessoalmente a Henry Ford para que este se candidatasse, pelo Estado de Michigan e pelo Partido Democrata, ao Senado dos Estados Unidos da América. Embora a nação estivesse em guerra, Ford concorreu como um candidato pacífico e um forte apoiador da proposta de criação da Liga das Nações (A Liga das Nações foi uma organização internacional criada em abril de 1919, quando a Conferência de Paz de Paris adotou seu pacto fundador, posteriormente inscrito em todos os tratados de paz).

Ford, relutantemente, concordou em concorrer ao cargo, sob a condição de que não faria nenhuma campanha política. Seu oponente, o então secretário da Marinha, Truman Newberry, ao contrário, gastou milhões de dólares em propaganda e aparições públicas. Surpreendentemente Newberry venceu Ford pela diferença de apenas 2.200 votos. Henry nunca mais concorreu a nenhum cargo público.

Folhetos distribuídos na época ao eleitorado traziam as razões pelas quais o povo poderia votar em Henry Ford; as principais ligavam a figura de Henry ao do menino filho de fazendeiro que se tornou um dos maiores industriais do mundo, e à implementação da linha de montagem de automóveis (isso permitiu a qualquer trabalhador americano adquirir um carro por um preço barato).

 

Fontes: Fabiana Schmitz (curso de engenharia mecânica) da Sociedade Educacional de Santa Catarina e arquivos do Museu Henry Ford (Michigan) 

 

Folhetos da campanha política de Henry Ford ao senado dos EUA, em 1918; Ford perdeu para seu concorrente por uma diferença de apenas 2.200 votos

Dentre os motivos que levaram Ford a pleitear a confiança dos eleitores está o fato de que o menino pobre, filho de fazendeiro, se tornou um dos maiores empreendedores do Século XX, ao colocar o mundo sobre rodas